INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBESTRUTIVA CRÔNICA NA PESPECTIVA DA PANDEMIA DE COVID-19

Autores

  • Bárbara Uchôa Batista

Resumo

Introdução. As práticas psicossociais são fundamentais no tratamento de pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Então, repensar em adaptá-las ao cenário da pandemia do coronavírus 2 (SARS-CoV-2), torna-se uma necessidade emergente. Objetivo. Mapear as principais intervenções psicossociais em pacientes com diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bem como avaliar os tratamentos de reabilitação pulmonar, com a utilização da tecnologia da informação e comunicação (TICs). Metodologia. Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa embasada na análise de conteúdo. Para Bardin este método parte do princípio de três etapas: Pré-análise, consiste na leitura minuciosa e levantamento de hipóteses; averiguação do material e verificar os resultados para as interpretações. Foram realizadas pesquisas na Medline (Pubmed), o qual se localizou 44 estudos, entretanto, excluídas 43 publicações fora do escopo desta pesquisa. Além disso, encontrou-se 10 trabalhos na BVS, porém, permaneceu quatro estudos que contemplavam o público alvo e apresentavam resoluções ao cenário da pandemia de COVID-19. Onde também foi delimitado estudos elegíveis de 2020 a 2021, sendo escolhidos três estudos para análise qualitativa. Utilizou-se a estratégia de busca com os operadores booleanos na BVS e adaptou-se base de dados da medline (pubmed) BVS, a seguir os descritores: “pulmonary disease, chronic obstructive” [MeSH Terms] and "psychology"[MeSH Terms] and "coronavirus"[MeSH Terms] or “COVID-19”. Resultados. A análise dos dados contemplou três categorias: Reabilitação pulmonar propostas emergentes; inovação no âmbito tecnológico para pacientes com DPOC e impacto do adoecimento biopsicossocial. Considerou-se um estudo comparativo sobre reabilitação de AVC e DPOC mostrando as principais evidências em base de quase 30 estudos randomizados foi possível comparar a eficácia, como a diminuição da mortalidade em relação aos não-praticantes desta prática terapêutica. A Take Charge tem base no viés no protagonismo do paciente e possibilita maior adesão ao tratamento de reabilitação pulmonar, sendo sugerida como uma intervenção complementar para pacientes com DPOC. Evidenciou-se, no ensaio clínico randomizado utilizando o canto na RP, através da comunicação remota, a melhora na qualidade de vida dos pacientes. Apesar de relatarem preferir o “cara a cara” e as limitações com o acesso aos dispositivos moveis foram limitações encontradas no percurso do estudo. Em conformidade, uma pesquisa realizada com trezentos e sete pacientes, através de um questionário, por meio de tecnologia móvel. Consiste em escalas para aferir possíveis indícios de estresse pós-traumático, depressão e insônia. Constatou-se que aumentou o sofrimento psíquico com fechamento e as restrições da COVID-19. Sendo notado pelos pesquisadores a necessidade de equipamentos especializados aos pacientes. Considerações finais. Infere-se, portanto, a importância da adaptação dos tratamentos de reabilitação pulmonar e abordagens complementares há perspectiva das tecnologias moveis da comunicação. Em consonância, sugerem-se pesquisas usando metodologias ativas como otimizadoras no âmbito do tratamento à distância. Os ensaios clínicos demonstram, a relevância da continuidade do cuidado integralmente e sugerem estratégias viáveis no momento pandêmico, enfatizam pesquisas mais robustas nesta área.

Palavras-chave: Emoções. Promoção da saúde. Equidade. Autocuidado. Doenças respiratórias

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Publicado

2022-09-13

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Resumos do evento