A SATISFAÇÃO DE ATLETAS USUÁRIOS DE CADEIRA DE RODAS MANUAIS QUANTO AO DISPOSITIVO
Resumo
Introdução: A cadeira de rodas manual como tecnologia assistiva (TA) nos esportes adaptados tem ação direta na performance do atleta. As expectativas físicas, sociais e culturais interferem no processo de adaptação dos indivíduos às TAs, desse modo é preciso saber o quão satisfeitos estão os atletas quanto a utilização delas, para uma melhor capacidade funcional e performance nos esportes. Objetivo: Este trabalho objetiva analisar o nível de satisfação de atletas com deficiência física usuários de cadeira de rodas manuais quanto ao dispositivo. Metodologia: O tipo de pesquisa realizado foi de caráter quantitativo e exploratório. Participaram da pesquisa 39 atletas usuários de cadeira de rodas residentes da região do Vale do Itajaí. A coleta de dados aconteceu na clínica de Fisioterapia de uma Universidade Comunitária, no Centro Especializado de Reabilitação Física e Intelectual (CERII), Associação de Tiro com Arco Itajaí (ATAI) e atletas de Handebol Paraolímpico Feminino de Balneário Camboriú. O instrumento de coleta de dados foi o teste chamado Quebec User Evaluation of Satisfaction with Assistive Technology (QUEST 2.0) (Avaliação da Satisfação do Usuário com a Tecnologia Assistiva de Quebec) que e consiste em 12 itens relacionados à satisfação quanto ao uso da tecnologia assistiva. A satisfação é avaliada por 04 questões que satisfação dos participantes sobre as dimensões (altura, comprimento, largura), peso do recurso, facilidade de ajuste (fixar, afivelar) e segurança/estabilidade e mais 04 questões sobre durabilidade (força e resistência ao desgaste), facilidade de uso, conforto e eficácia de uso (o quanto seu recurso atende as suas necessidades). Resultados: A média geral do recurso foi de (3,53). A satisfação quanto as dimensões (tamanho altura, comprimento, largura) foi a melhor média (3,61), facilidade de ajuste e a segurança obtiveram a mesma média (3,53). Contudo, o com menor avaliação refere-se ao peso da TA (média de 3,3). Logo, os atletas mostram-se muito mais satisfeitos com as dimensões do que com o peso da tecnologia assistiva. A Satisfação quanto a durabilidade de suas tecnologias assistivas teve média de 3,41, já o conforto proporcionado pelas cadeiras a média foi de 3,48, a facilidade de uso foi a segunda mais bem avaliada (3,66), a eficácia de uso da TA possui a média mais alta de todos os pontos referentes ao recurso (3,69). Os atletas com deficiência física estão mais satisfeitos com sua cadeira de rodas manual quanto a com a eficácia (o quanto seu recurso atende as suas necessidades) e menos satisfeitos com o peso.
Palavras-chave: Cadeira de rodas. Tecnologia assistiva. Atletas. Educação em saúde.Fisioterapia.
Fonte de Financiamento: Art. 170/FUMDES – Programa de Pesquisa do Artigo 170.