MUDANÇAS DOS FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DURANTE O AFASTAMENTO SOCIAL DETERMINADO PELA PANDEMIA DO COVID-19

Autores

  • Luciane Peter Grillo
  • Gabriela Elíbio Fagundes

Resumo

Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis configuram como importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, caracterizam-se por ter uma etiologia incerta, múltiplos fatores de risco, longos períodos de latência, curso prolongado, origem não infecciosa e por estarem associadas a deficiências e incapacidades funcionais. Um pequeno conjunto de fatores de risco responde pela grande maioria das mortes por esta causa, destacando-se o tabagismo, o consumo alimentar inadequado, a inatividade física e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Objetivo: Avaliar as alterações dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas durante o afastamento social determinado pela pandemia do COVID-19 em uma população de docentes e acadêmicos de um Curso de Medicina. Metodologia: Estudo transversal com aplicação de um questionário online validado com questões referentes aos fatores de risco principais para doenças crônicas: tabagismo, consumo alimentar inadequado, inatividade física e consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Resultados: Ao avaliar os acadêmicos (n=46) encontrou-se predominância do sexo feminino (76%), estado nutricional eutrofia antes e depois, respectivamente (46% e 56%), diminuição da atividade física (46%, 24%), aumento em assistir tv por mais de 3h (9%, 13%) e uso de computador, tablet, celular por mais de 3h (65%, 96%), porém sem diferenças significativas. A maioria avaliou  seu estado de saúde atual como regular (52%), seguido por bom (41%) e ruim (7%).  Ao avaliar os docentes (n=11) encontrou-se também predominância do sexo feminino (64%), estado nutricional eutrofia antes e depois, respectivamente (73% e 64%, porém neste último com o aparecimento do sobrepeso, 19%), diminuição no consumo de frutas, verduras e legumes (64%, 36%, respectivamente), aumento em assistir tv por mais de 3h (18%, 36%) e uso de computador, tablet e celular por mais de 3h (90%, 100%), porém também sem diferenças significativas. A maioria avaliou  seu estado de saúde atual como bom (64%), seguido por regular (27%) e ruim (9%). Conclusões: Os resultados dos acadêmicos sugerem ações voltadas à prática de atividade física e consequentemente diminuição de tempo nos eletroeletrônicos, tentando melhorar a autoavaliação da saúde atual. Com relação aos docentes, as estratégias devem estar direcionadas a perda de peso, aprimorar o consumo de frutas e hortaliças e também a diminuição do tempo com os eletroeletrônicos aprimorando a qualidade de vida deste grupo acadêmico.

Palavras-chave: Doença crônica. Fatores de risco. Docentes. Centros médicos acadêmicos. Covid-19.

Fonte de financiamento: Bolsa do Programa de Pesquisa Produtividade 2021 da Faculdade Estácio de Sá

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Publicado

2022-09-13

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