QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS FRÁGEIS COM DOENÇA CARDIOVASCULAR CRÔNICA: REVISÃO NARRATIVA
Resumo
Introdução: A fragilidade é uma síndrome clínica, de natureza multifatorial, caracterizada por um estado de vulnerabilidade fisiológica. Em virtude disso, ocasiona a diminuição das reservas de energia e da habilidade de manter ou recuperar a homeostase, sendo comumente associada ao envelhecimento e as doenças crônicas. Operacionalmente, Fried e colaboradores (2001), definem a fragilidade como uma síndrome fisicamente bem definida, identificada pela presença de cinco sinais: perda de peso, fadiga, fraqueza muscular, inatividade física e lentidão da marcha. Objetivo: Investigar a qualidade de vida de indivíduos frágeis com doença cardiovascular. Metodologia: Esse estudo, trata-se de uma revisão narrativa. Em consonância com Rother (2007), ‘os artigos de revisão narrativa são publicações amplas apropriadas para descrever e discutir o desenvolvimento ou o ‘estado da arte’ de um determinado assunto, sob ponto de vista teórico ou conceitual’. Assim, foram pesquisados os artigos na língua portuguesa e inglesa publicados no período de 2009 a 2021. A busca foi realizada em janeiro de 2021, nas plataformas da Scientific Eletronic Library Online - SCIELO, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS e PubMed, da National Library of Medicine. Resultados: Após a realização das buscas dos artigos, com base nos critérios de elegibilidade, com os descritores: qualidade de vida; fragilidade; e doenças cardiovasculares, foram identificados 23 artigos. Porém, após a leitura dos títulos e resumos, foram excluídos 14 artigos. Posteriormente, foi realizada a leitura, na integra, dos demais estudos, sendo excluídos mais cinco artigos; totalizando uma amostra final de quatro artigos. Considerações finais: A partir da realização dessa revisão narrativa, pode-se observar que na presença da fragilidade a qualidade de vida é prejudicada. Sendo, que a presença de comorbidades e as piores condições cardiovasculares influenciaram os indivíduos a terem pior qualidade de vida. Ainda, constatou-se dificuldade na análise desses conceitos, pois são conceitos multidimensionais e vários subdomínios podem estar associados, além da falta de padronização de um instrumento para avaliar a qualidade de vida em indivíduos frágeis. Desta forma, existe a necessidade de investigações futuras, mais aprofundadas, a fim de melhor subsidiar a relação entre fragilidade e qualidade de vida nas doenças cardiovasculares.
Palavras-chave: Qualidade de vida. Fragilidade. Doenças cardiovasculares.
