Análise dos resíduos antrópicos na dieta de Chelonia mydas (Linnaeus, 1758) no litoral centro-norte de Santa Catarina

Autores/as

  • Felipe da Silva Valente Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI http://orcid.org/0000-0002-3101-5091
  • Joel Gonçalves Junior Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
  • Tiffany Emmerich Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
  • Joaquim Olinto Branco Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
  • André Silva Barreto Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

DOI:

https://doi.org/10.14210/bjast.v26n1.14656

Resumen

Das sete espécies de tartarugas marinhas, cinco ocorrem no Brasil, sendo Chelonia mydas a mais frequente na região sul. Assim como outros animais marinhos, C. mydas tem um histórico de interação com resíduos de origem antrópica. Desta forma, este estudo tem como objetivo avaliar a incidência de resíduos sólidos no trato gastrointestinal de espécimes coletados sistematicamente pelo Projeto de Monitoramento de Praia da Bacia de Santos (PMP-BS) no litoral centro-norte de Santa Catarina, entre Março de 2016 e Março de 2019. Foram realizadas necropsias em 3174 animais, e em 49 indivíduos o trato gastrointestinal pôde ser recolhido triados. Foram encontrados resíduos antrópicos, separados e classificados de acordo com a sua composição, rigidez e cor. Foi avaliado o possível efeito dos resíduos antrópicos na saúde das tartarugas, utilizando o escore corporal. Também foram analisadas a ocorrência de exemplares entre as estações do ano, ingestão de resíduos por sexo e classe etária. Dos 49 indivíduos com análise detalhada, 85,7% possuíam algum tipo de resíduo, sendo encontrados um total de 475 fragmentos de 10 itens, onde os fios de poliamida foram os mais frequentes (n=275 fragmentos; 57,9%), seguido de plástico (n=170; 35,8%). A maioria dos itens ingeridos (96,2%) foi representado por materiais maleáveis, apenas 3,8% composto por material rígido. Os fragmentos transparentes foram os mais frequentes (28%), seguido das cores azul (24,4%), branco (18,7%) e verde (12,4%). Foram identificadas 37 fêmeas, nove machos e três de sexo indeterminado, onde 45 indivíduos foram considerados juvenis e quatro adultos. As tartarugas adultas ingeriram somente itens do tipo maleável, principalmente nas cores transparente (29,4%) e verde (32,4%). Já os juvenis apresentaram mais itens maleáveis transparente (27,9%), azul (25,2%) e branco (20,0%), além de itens do tipo rígido.

Biografía del autor/a

Felipe da Silva Valente, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

1. Laboratório de Informática da Biodiversidade e Geomática; Escola do Mar, Ciência e Tecnologia, UNIVALI

2. Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, UNIVALI

 

Joel Gonçalves Junior, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

Laboratório de Biologia; Escola do Mar, Ciência e Tecnologia, UNIVALI

Tiffany Emmerich, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

Unidade de Estabilização de Animais Marinhos, UNIVALI

Joaquim Olinto Branco, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, UNIVALI

Laboratório de Biologia; Escola do Mar, Ciência e Tecnologia, UNIVALI

André Silva Barreto, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

Laboratório de Informática da Biodiversidade e Geomática; Escola do Mar, Ciência e Tecnologia, UNIVALI


Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, UNIVALI

Publicado

2022-09-07

Número

Sección

Artigos