O QUE FEZ O GIGANTE AO ACORDAR?

PR´ÁTICAS INSURGENTES DE JUNHO DE 2013.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14210/rbts.v9n2.p1-16

Palavras-chave:

Jornadas de Junho, Insurgência, Espaço, Mobilização social, Citadinidade

Resumo

Junho de 2013 marcou o imaginário popular, o discurso midiático e as políticas governamentais como um evento-fenômeno peculiar de ação e exercícios insurgentes que cobriram o território nacional. Procura-se aqui analisar as práticas desempenhadas pelos sujeitos mobilizados nos atos, investigando ações, gestuais, sinais e outras atividades que constituíram o núcleo das manifestações. Utiliza-se a fonte jornalística impressa dos veículos de maior circulação à época para subsidiar as leituras, bem como registros imagéticos. O agenciamento em rede e a solidariedade multitudinária plasmaram práticas insurgentes que designam enquanto processavam seu conteúdo e função, modelavam a própria emergência do perfil dos sujeitos mobilizados, inaugurando performances e coreografias sociopolíticas.

Biografia do Autor

Gustavo Souza Santos, Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc)

Doutor em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) com pós-doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS/Unimontes), da mesma universidade. Professor das faculdades de Comunicação Social e de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Pesquisador associado do Citadino (Núcleo Interdisciplinar de Temáticas Urbanas da Unimontes).

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Publicado

2023-07-24