Das letras e telas às ruas

o sujeito das mobilizações socioespaciais em Hamlet de Shakespeare e operários de Tarsila do Amaral

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14210/vd.v21n2.p27-40

Palavras-chave:

Sujeito, Insurgência, Mobilização social, Arte, Literatura

Resumo

As mobilizações sociais, protestos, movimentos e manifestações políticas são frequentemente lidas por meio de uma visão utilitarista de seu conteúdo, forma e resultados. O sujeito que produz e se produz nestas mobilizações constitui um elemento direcional para se compreender os sentidos políticos que se plasmam nas ruas, nas reivindicações e em toda sorte de sinais simbólico-paradigmáticos da pólis e da política. Convém escapar à redução material e utilitária da insurgência revisitando as origens da emergência dos sujeitos para ampliar o repertório dos sentidos que denotam a realidade sociopolítica e frequentemente a interpela sob os signos da subjetividade e da política. Este texto apresenta uma reflexão sobre a produção do sujeito na mobilização social, a partir da tessitura alegórica, plástica e literária de duas obras referenciais: a peça Hamlet (1587) de do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare, e a obra Operários (1933) da artista visual Tarsila do Amaral.

Biografia do Autor

Gustavo Souza Santos, Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc)

Doutor em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) com pós-doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS/Unimontes), da mesma universidade. Professor das faculdades de Comunicação Social e de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Pesquisador associado do Citadino (Núcleo Interdisciplinar de Temáticas Urbanas da Unimontes).

Referências

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Publicado

2023-08-14

Edição

Seção

ARTIGOS E RELATOS DE PESQUISA