Pelo direito de ouvir: Falcão, música brega e estereótipos

Autores

  • Ivan Fortunato IFSP

DOI:

https://doi.org/10.14210/vd.v15n02.p%25p

Resumo

Neste artigo são apresentados argumentos para refutar a ideia de que o gosto musical está intrinsicamente relacionado ao status social, econômico e cultural de cada indivíduo. Porque, com isso, especificamente, marginaliza-se um dos mais complexos compositores brasileiros que é Marcondes Falcão Maia, conhecido como Falcão, ou pelas roupas coloridas e um girassol aderente ao seu paletó. Rotulado como brega, suas canções podem ser interpretadas como uma afronta ao pensamento culto sendo que, portanto, intelectuais não deveriam escutá-lo. O principal objetivo dessa comunicação é o de compartilhar como sua catilogência (alto grau de categoria, lógica e inteligência) é revelada ao longo de suas composições, apresentando, dentre outros, análise de conjuntura socioeconômica, crítica à política nacional e a processos burocráticos, controle midiático, homofobia, consumismo e até a própria ciência cartesiana... Ao final, defende-se não apenas a qualidade de sua produção cultural, que se torna pública por meio de um humor colorido de sátiras e paródias, mas o direito de ouvi-lo e com ele aprender.

Biografia do Autor

Ivan Fortunato, IFSP

Pesquisador do Laboratório de Estudos do Lazer (LEL). Doutorando em Desenvolvimento Humano e Tecnologia, UNESP/RC. Pós-doutorado em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC. Doutor em Geografia pela UNESP/RC. Líder do Núcleo de Estudos Transdisciplinares em Ensino, Ciência, Cultura e Ambiente (NuTECCA) e do Grupo de Pesquisas Formação de Professores para o Ensino básico, técnico, tecnológico e superior (FoPeTec). Editor da revista Hipótese e coeditor da Revista Internacional de Formação de Professores e da Revista Brasileira de Iniciação Científica. Professor do IFSP, Itapetininga. Email: ivanfrt@yahoo.com.br

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Publicado

2016-09-28

Edição

Seção

DOSSIÊ