FRAGMENTAÇÃO DA SUBJETIVIDADE: O QUE DIZEM OS GESTORES?

Autores/as

  • Jair Modesto Filho Universidade Estácio de Sá
  • Adriane Vieira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Fernando Coutinho Garcia Faculdade Novos Horizontes

DOI:

https://doi.org/10.14210/alcance.v20n1.p079-095

Palabras clave:

Subjetividade. Gestão de pessoas. Fragmentação.

Resumen

O objetivo desta pesquisa foi o de descrever como a organização do trabalho e as relações socioprofissionais se relacionam com a fragmentação da subjetividade de ocupantes de cargos gerenciais. Partiu-se de uma revisão teórica que contemplou os conceitos de subjetividade e de fragmentação da subjetividade, o cenário atual da função gerencial com seu novo tipo de traballho, culminando na conceituação da prática de gestão de pessoas e sua relação com a fragmentação da subjetividade. Utilizando a abordagem qualitativa, foram entrevistados dez gestores que atuavam em diferentes organizações. Foi utilizada a técnica de análise de conteúdo para a análise dos dados, considerando-se os aspectos explícitos e implícitos dos discursos dos entrevistados, com características bem diversificadas. Os entrevistados relataram impactos em suas vidas em decorrência do intenso ritmo de trabalho, ocasionando problemas familiares, estresse, ansiedade, abdicação de prazeres pessoais e provocando, muitas vezes, o adoecimento físico e psíquico. Percebeu-se também a existência de conflitos de valores em suas atividades profissionais, decorrentes do sentimento de fragmentação da subjetividade, da falta de vínculos e de referências pessoais. Constatouse a existência de um distanciamento com relação a seus desejos pessoais e às práticas de gestão de pessoas as quais são obrigados a disseminar dentro das organizações, o que pode levar à corrosão de seus valores morais e éticos.

Biografía del autor/a

Adriane Vieira, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora de cursos de pós-graduação stricto sensu há 09 anos. Foi coordenadora do curso de Mestrado em Administração da Faculdade Novos Horizontes. Atualmente é professora e sub-chefe de colegiado do curso de Gestão de Serviços da Saúde da UFMG. É membro da equipe de avaliadores do Instituto Presbiteriano Mackenzie, dos eventos da ANPAD e dos periódicos: Revista Brazilian Administration Review; Revista de Administração Contemporânea e Revista de Administração Pública. Já orientou 34 dissertações de mestrado. Atua na linha de pesquisa Relações de Poder e Dinâmica das Organizações com ênfase nos temas: 1. Identidade e Subjetividade nas Organizações; 2. Gestão de Empresas Familiares.

Publicado

2013-05-20

Número

Sección

Artigo