CORPO HUMANO – CORPO ANIMAL OU “O QUE A IMPORTÂNCIA DADA AOS ANIMAIS NOS REVELA SOBRE AS PESSOAS?”
DOI:
https://doi.org/10.14210/contrapontos.v22n1.p45-60Palavras-chave:
animalidade – corpo – ensino de ciências e de biologia – empacotamentoResumo
Este ensaio discorre acerca da aproximação de dois biólogos, atuantes como professores no âmbito do ensino de ciências e biologia, ao campo de estudos da animalidade, aqui compreendido, não apenas no sentido de se problematizar a centralidade dos animais nas relações conosco – animais humanos –, mas, sobretudo, no sentido de se enfatizar que a forma como tratamos os animais expõe múltiplas camadas de problematização acerca da forma como tratamos outros humanos. Neste sentido, uma parte das discussões propostas por esse campo de estudos se preocupa, precisamente, com isso, com o outro na relação de animais humanos entre si e, especialmente, desses com os animais não-humanos, procurando tensionar as diferentes hierarquizações aí constituídas. Nessa primeira aproximação, fazemos mais perguntas e justaposições com o campo da biologia, do ensino de ciências e de biologia, com o corpo (humano e animal) e, também, com a biopolítica e a necropolítica do que oferecemos respostas, mesmo que provisórias. Isso, no sentido de traçarmos um possível percurso teórico-metodológico que nos permita, nos próximos passos, incorporar o tema animalidade à formação de professores de ciências e biologia e, quiçá, mapearmos alguns de seus efeitos. O texto Uma aglomeração inquieta: prisioneiros, animais, crianças requerentes de asilo e empacotamento pós-humano, de Jane Bone e Mindy Blaise (2015) é apresentado de modo mais extenso no sentido de estabelecermos alguns pontos possíveis para tal aproximação. Baseados nisso, traçamos alguns possíveis tensionamentos do contexto sócio-político brasileiro atual.
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