CURRÍCULO, SAÚDE E ESCOLA: TECNOLOGIAS BIOPOLÍTICAS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.14210/contrapontos.v1n1.p93-110Palavras-chave:
Currículo, Infância, CulturaResumo
Este trabalho problematiza a formação de subjetividades por meio do currículo da escola e nela a estética das imagens sobre o corpo humano presentes em três livros de Ciências do ensino fundamental do oitavo ano. Tal fenômeno é discutido sob a ótica dos conceitos de biopoder e de biopolítica foucaultianos. Muitas são as tecnologias de poder operando por meio das representações do corpo presentes nesses livros. Dentre estas tecnologias, pode-se citar como exemplo o discurso médico, o esporte, a indústria cultural, a moda, a publicidade. As imagens presentes nos livros e selecionadas para a análise tanto se referem às explicações biológicas do funcionamento do corpo, quanto representam atitudes em relação à saúde ou, ainda, às práticas esportivas. Contudo, o que se pode ver de modo mais contundente nas imagens é certa padronização estética do corpo, tanto significando beleza quanto saúde. O que atua nessa padronização são complexas tecnologias biopolíticas, que podem criar formas de subjetividade em estudantes que os utilizam frequentemente, como noções distorcidas de beleza e saúde, padronização de atitudes, entre outros.Downloads
Publicado
2015-04-22
Edição
Seção
Artigos
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