CURRÍCULO, SAÚDE E ESCOLA: TECNOLOGIAS BIOPOLÍTICAS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS

Autores

  • Ana Paula Germano Universidade Regional de Blumenau
  • Giceli Maria Cervi Universidade Regional de Blumenau - FURB

DOI:

https://doi.org/10.14210/contrapontos.v1n1.p93-110

Palavras-chave:

Currículo, Infância, Cultura

Resumo

Este trabalho problematiza a formação de subjetividades por meio do currículo da escola e nela a estética das imagens sobre o corpo humano presentes em três livros de Ciências do ensino fundamental do oitavo ano. Tal fenômeno é discutido sob a ótica dos conceitos de biopoder e de biopolítica foucaultianos. Muitas são as tecnologias de poder operando por meio das representações do corpo presentes nesses livros. Dentre estas tecnologias, pode-se citar como exemplo o discurso médico, o esporte, a indústria cultural, a moda, a publicidade. As imagens presentes nos livros e selecionadas para a análise tanto se referem às explicações biológicas do funcionamento do corpo, quanto representam atitudes em relação à saúde ou, ainda, às práticas esportivas. Contudo, o que se pode ver de modo mais contundente nas imagens é certa padronização estética do corpo, tanto significando beleza quanto saúde. O que atua nessa padronização são complexas tecnologias biopolíticas, que podem criar formas de subjetividade em estudantes que os utilizam frequentemente, como noções distorcidas de beleza e saúde, padronização de atitudes, entre outros.

Biografia do Autor

Ana Paula Germano, Universidade Regional de Blumenau

Mestre em Educação pela Universidade Regional de Blumenau.

Giceli Maria Cervi, Universidade Regional de Blumenau - FURB

Possui graduação em Pedagogia (UNIVALI), mestrado em Educação (FURB) e doutorado em Ciências Sociais PUC/SP. Atualmente é professora titular da Fundação Universidade Regional de Blumenau.

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Publicado

2015-04-22

Edição

Seção

Artigos