Culpar a vítima ainda é o modus operandi da linguagem jornalística? Análise dos títulos no webjornalismo do portal G1 sobre o estupro (quadriênio 2016-2019)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14210/vd.v18n02.p84-100

Palabras clave:

Webjornalismo. Análise de Discurso Crítica. Estupro.

Resumen

Este artigo adotaa análise de discurso crítica(ADC) como caminho para analisar os títulos de webjornalismo no período de 2016 a 2019, veiculadas no G1, uma das maiores plataformas de jornalismo digital no Brasil, para verificar como os discursos midiáticos persistem nas práticas narrativas que culpabilizam as mulheres vítimas de estupro. A despeito dos progressos alcançados no ordenamento jurídico e nas políticas públicas de combate à violência, no campo da linguagem as mulheres vítimas de estupro, continuam sendo culpabilizadas. Os dados coletados indicam que os títulos das notícias digitais, no período de 2016 a 2019, utilizam expressões linguísticas que atribuem à mulher a culpa pela violência sofrida, o que contribui para a reprodução e manutenção da violência de gênero.

Biografía del autor/a

Rakell Dhamarys Moreira, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (PPGIDH)


Bacharela em Comunicação Social - Habilitação Jornalismo, Mestra em Educação Brasileira e Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Goiás. Professora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos. Diretora da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG. Professora da UFG desde 2002. Atua em docência com ênfase em produção de texto jornalístico, jornalismo literário e narrativas de vidas; jornalismo investigativo e de dados. É pesquisadora de gênero e direitos humanos. Realiza atividades de extensão voltadas para ações afirmativas, questões de gênero e direitos humanos, comunicação popular e comunitária. É membro-pesquisadora do Núcleo de Estudo: Espaço, Sujeito e Existência Dona Alzira, vinculado ao Laboratório de Estudos e Pesquisas das Dinâmicas Territoriais do Iesa/UFG; do Núcleo Geografia, Literatura e Arte (Geoliterart), vinculado ao Departamento de Geografia da USP; e do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Jornalismo e Diferença - Pindoba, vinculado à FIC/UFG. 

Luciano Rodrigues Castro, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (PPGIDH)

Graduado em Comunicação Social (bacharelado Jornalismo) pela Universidade Federal de Goiás e mestrando em Direitos Humanos pela mesma instituição.

Ana Paula de Castro Neves, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (PPGIDH)

Mestranda em Direitos Humanos do Programa de Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos - (PPGIDH) da Universidade Federal de Goiás. Graduada em Direito (Bacharelado- 2004) pela Universidade Federal de Goiás. Especialista em Direito e Processo Civil (2007) pela Uni-Anhaguera. Aluna especial da disciplina Alteridade, Ética e Direitos Humanos (2018) do curso de Mestrado em Direitos Humanos da Faculdade Federal de Goiás. Atuou com advogada militante (2005 a 2009) na Capital Advocacia. Atuou como assessora jurídica (2012 a 2015) no Centro de Referência em Assistência Social do município de Goiânia-GO, com ênfase nas Medidas Socioeducativas e violação de Direitos Humanos. Atuou como tutora curso de Segurança do Trabalho (2013 a 2016) à distância do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Atualmente é advogada militante e estudante. Tem experiência nas áreas de Direito, Educação e Direito Humanos. 

Publicado

2019-12-16

Número

Sección

ARTIGOS E RELATOS DE PESQUISA