A AMPLIAÇÃO DA OBRIGATORIEDADE DO ENSINO NO DISCURSO: A IDEIA DE CRIANÇA COMO FUTURO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14210/contrapontos.v21n1.p190-211

Palavras-chave:

UNESCO, Mandatory registration, Early childhood education

Resumo

O objetivo do texto é analisar como a ampliação da obrigatoriedade de matrícula para a pré-escola faz parte de uma racionalidade, que coloca a criança no centro dos discursos e orienta as práticas com as crianças pequenas. Realizou-se análise documental, a partir da base teórica crítica, de documentos ofi ciais produzidos e veiculados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), desde a década de 1990, com foco para a narrativa que sustenta a ampliação da escolaridade obrigatória. Ao problematizar sentidos e intencionalidades dos documentos reconheceu-se que estão comprometidos em acionar a ideia de criança como futuro, cujo cuidado e educação são uma preocupação sustentada pelos interesses econômicos e, assim, induzem a formulação de políticas que indicam a pré-escola como obrigatória. Além disso, identifi cou-se que, no processo de implementação da Lei n. 12.796 (BRASIL, 2013), no Brasil, as estratégias adotadas trazem implicações às crianças que se contrapõem às concepções defendidas pela área da educação infantil.

Biografia do Autor

Aliandra Cristina Mesomo Lira, Universidade Estadual do Centro-Oeste/UNICENTRO

Pedagoga, Doutora em Educação pela USP. Professora do Departamento de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro-Oeste/UNICENTRO, Guarapuava/PR. Pesquisadora da área da infância e educação infantil.

Ângela Mara de Barros Lara, UNICESUMAR

Professora da Unicesumar. Professora Aposentada da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (Unesp) e Pós-Doutora pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Publicado

2022-05-22