SOB A CÚPULA DAS CONSTELAÇÕES: A TEORIA ATOR-REDE E O ENSINO DE ASTRONOMIA NO PLANETÁRIO

Autores

  • Erica de Oliveira Gonçalves Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina PPGE - UDESC http://orcid.org/0000-0001-6604-7176
  • Martha Kaschny Borges Professora Associada da Universidade do Estado de Santa Catarina, professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado e Doutorado. http://orcid.org/0000-0002-2420-0598

DOI:

https://doi.org/10.14210/contrapontos.v16n3.p454-470

Palavras-chave:

Ensino de Astronomia, Teoria Ator-Rede, Planetário.

Resumo

A abrangência e a magnitude dos conteúdos de astronomia despertam a curiosidade de crianças e de adultos, contribuem para a produção de conhecimentos e podem estimular o desenvolvimento de práticas docentes interdisciplinares. Nesse contexto, os Planetários oferecem possibilidades diferenciadas para os processos de ensino e de aprendizagem da astronomia. O objetivo desse artigo é analisar como os professores dos anos iniciais do ensino fundamental percebem o Planetário nos processos educativos. Para isto utilizamos o quadro teórico e metodológico da Teoria Ator-Rede (TAR) proposto por Bruno Latour (2012), especialmente a partir do conceito de actante, que pode ser um agente humano ou não humano. Os actantes podem assumir dois papéis distintos: de mediador, quando suas ações/associações na rede promovem mudanças; ou o de intermediário, quando o agente apenas transmite/reproduz as ações/associações existentes sem modificar as redes e os outros actantes. Assim, nos interessa responder à seguinte perguntanorteadora: em quais situações os professores concebem o Planetário como mediador dos processos de ensino e aprendizagem de astronomia ou como intermediário destes processos? Inicialmente, com o intuito de aproximação à temática, realizamos uma análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) sobre o ensino de astronomia. A seguir, examinamos 97 questionários dos professores dos diferentes níveis de ensino que frequentaram o Planetário com suas turmas durante o ano de 2014. Os resultados indicam que os professores dos anos iniciais, ao agirem de forma planejada e intencional no ensino de conteúdos de astronomia, percebem o Planetário como mediador, segundo a Teoria Ator-Rede, uma vez que, nestas situações, o Planetário - um dispositivo não humano – influencia, modifica e organiza as ações de ensino e aprendizagem de astronomia.

Biografia do Autor

Erica de Oliveira Gonçalves, Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina PPGE - UDESC

Mestrado em Educação - PPGE UDESC Graduação em Pedagogia / Orientação Educacional (2009-2013) - UDESC.

Martha Kaschny Borges, Professora Associada da Universidade do Estado de Santa Catarina, professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado e Doutorado.

Doutorado na Université Pierre Mendes France e realizando estágio pós-doutoral na Université Aix-Marseille

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Publicado

2016-09-30

Edição

Seção

Artigos