A importância da Língua de Sinais para as pessoas surdas na construção de uma linguagem plena e genuína.

Autores

  • Sílvia Andreis Witkoski UFPR
  • Tânia Maria Baibich-Faria UFPR

Palavras-chave:

Linguagem, Língua de Sinais, Crianças Surdas

Resumo

A linguagem exerce papel preponderante na constituição dos sujeitos, visto que é através dela que nos apropriamos da cultura entorno, construímos nosso entendimento sobre o micro e macro universo, e estabelecemos nossas relações sócio-afetivas. Apesar da relevância inquestionável da sua importância para os seres humanos, a possibilidade de construção da mesma para os surdos, tem sido secularmente negada, ao privá-los da aprendizagem da Língua de Sinais desde tenra idade. Esta resistência à Libras, presente tanto no seio familiar das crianças surdas, como na maioria das instituições de ensino, deriva dos mitos e preconceitos que se autoperpetuam em relação aos surdos e a Língua de Sinais. Contudo os estudos realizados com crianças surdas filhas de pais surdos, as quais têm a possibilidade de aprenderem a Língua de Sinais como primeira língua, já nos primeiros contatos com o seu entorno, são conclusivos no sentido de mostrar a importância da mesma para que estas construam uma linguagem plena e autêntica, alcançando os mesmos patamares de desenvolvimento do que as crianças ouvintes inseridas em um ambiente linguístico de modalidade oral-auditiva.

Biografia do Autor

Sílvia Andreis Witkoski, UFPR

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Última publicação: WITKOSKI, S. A. . Surdez e preconceito: a norma da fala e o mito da leitura falada. Revista Brasileira de Educação , v. 14, p. 565-576, 2009.

Tânia Maria Baibich-Faria, UFPR

Psicóloga (UFRGS); Mestre em Educação (UFPR); Doutora em Psicologia Social (USP); Pós-Doutora (Michigan University); Pós-Doutora (UNISINOS); Professora Associada II da Universidade Federal do Paraná.

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Publicado

2010-07-12

Edição

Seção

Artigos