DA FINANCEIRIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: QUEM EDUCA O EDUCADOR?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14210/contrapontos.v19n2.p114-131

Palavras-chave:

Financeirização da educação, Formação continuada de professores, Parcerias público-privadas

Resumo

Este artigo problematiza a condução da formação continuada dos professores da Educação Básica na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (RMEF) por empresas privadas, mediante análise de dados de pesquisa de doutorado em andamento. O estudo funda-se no materialismo histórico-dialético, e como procedimento metodológico utilizou-se o mapeamento de redes políticas, realizado a partir das empresas contratadas pelo município. Sustenta-se que a formação continuada dos professores da RMEF, orientada por entes privados, inscreve-se na denominada “privatização de novo tipo” (FALLEIROS; NEVES, 2015), usurpando o fundo público no contexto da financeirização do capital. Por conseguinte, refletem-se os limites da democratização da educação diante deste quadro, em que se promove a condução da formação dos professores por meio das parcerias público-privadas, difundindo valores e pressupostos político-ideológicos do empresariado.

Biografia do Autor

Marileia Maria da Silva, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutora em educação pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora titular vinculada ao curso de Pedagogia e ao Programa de Pós-graduação em Educação do Centro de Ciências da Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina – FAED/UDESC.

 

Márcia Luzia dos Santos, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutoranda em educação na Universidade do Estado de Santa Catarina

Mestre em educação pela Universidade Federal de Santa Catarina

Professora da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis

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Publicado

2019-08-05

Edição

Seção

Artigos