A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA/PR: DESAFIOS ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS

Autores

  • Aliandra Cristina Mesomo Lira Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
  • Jane Maria de Abreu Drewinski Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
  • Jáima Pinheiro de Oliveira Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP)

DOI:

https://doi.org/10.14210/contrapontos.v17n2.p371-394

Palavras-chave:

Formação de Professores, Educação Infantil, Políticas Educacionais.

Resumo

O objetivo deste texto é problematizar a formação dos profissionais que atuam na educação infantil de instituições públicas do município de Guarapuava-PR, tendo como pressuposto que a formação influencia diretamente a atuação do professor na organização do trabalho pedagógico e nos processos educativos desenvolvidos com as crianças. Para efeito de investigação, foram aplicados questionários, aos profissionais dos Centros Municipais de Educação Infantil, deste município e realizadas entrevistas com aproximadamente 15% deles. Os dados dos questionários forneceram informações importantes sobre a formação profissional dos professores. As entrevistas abordaram questões sobre as condições de trabalho, organização do trabalho pedagógico, dentre outras. Em seguida, estas foram transcritas e analisadas por meio de seus conteúdos, de modo que foram obtidas quatro categorias temáticas: a) dados acerca das condições de trabalho; b) formação continuada ofertada pela mantenedora; c) orientações recebidas institucionalmente para a organização do trabalho e d) perfil do profissional da educação infantil segundo a concepção dos professores. Os resultados indicaram que grande parte dos profissionais atuantes realizou sua formação a distância ou está em processo de formação em cursos na modalidade a distância, tanto em nível médio como superior. Não existe, no município, uma proposta de formação continuada. Além disso, destacaram-se as precárias condições de trabalho explicitadas por uma série de dificuldades que acabam por comprometer o trabalho desenvolvido com as crianças. Esses resultados confirmam a urgência de políticas públicas que incluam diretrizes e estratégias de educação em serviço e, fundamentalmente, formas de ingresso que valorizem esses profissionais, a fim de que seja diminuído o contingente que abandona esse serviço ou que pretende abandonar, como ficou claro em vários relatos obtidos.   

Biografia do Autor

Aliandra Cristina Mesomo Lira, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

Doutora em Educação pela USP. Professora do Departamento de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Centro-Oeste/Unicentro, Guarapuava/PR.

Jane Maria de Abreu Drewinski, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

Doutora em educação pela UFPR. Professora do Departamento de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro-Oeste/Unicentro, Guarapuava/PR.

Jáima Pinheiro de Oliveira, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP)

Doutora em Educação pela UNESP. Professora do Departamento de Educação Especial e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Marília, SP.

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Publicado

2017-05-12

Edição

Seção

Artigos