EU, HUMANO? PENSANDO A CONSTITUIÇÃO HUMANA A PARTIR DA FICÇÃO CIENTÍFICA COM ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA ESTADUAL DE TEMPO INTEGRAL DE CAMPINAS, SP

Autores

  • João Pedro de Almeida Belo Pós-Graduação Multiunidades em Ensino de Ciências e Matemática (PECIM) na Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo.
  • Ana de Medeiros Arnt Departamento de Genética, Evolução, Microbiologia e Imunologia do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.14210/contrapontos.v22n1.p61-81

Palavras-chave:

Ensino Médio, Ser humano, Ficção Científica

Resumo

Neste artigo, analisou-se como estudantes de Ensino Médio, de uma Escola Estadual de Tempo Integral do município de Campinas, definem características humanas a partir de um conjunto de atividades da disciplina eletiva nomeada Eu, humano? Ciência e Ficção Científica. Ao longo da disciplina, foi proposta uma construção de um conto de ficção científica futurista interativo, inspirado em um conto de Bruce Sterling, em que os estudantes eram personagens da história. Dentre as interações, eles deveriam construir um clone e falar sobre as suas características. Durante esta atividade, os estudantes apontaram características semelhantes ou diferentes entre eles e seus clones. Além disso, os estudantes conceituaram os clones como humanos ou não humanos. Apesar de a maioria dos estudantes compreender que os clones são seres humanos, não houve unanimidade acerca do que define o clone como humano, variando entre delimitações anatômicas e fisiológicas (possuir pele, olhos cabelos, comer, dormir), cognitivas (capacidade de aprendizado e de pensar), até personalidade (desejo de dançar, cantar, ser bravo, extrovertido). Considera-se importante haver espaços escolares que consigam inserir debates acerca de novas tecnologias científicas, a fim de proporcionar aos estudantes aprofundamento e compreensão sobre como a ciência se faz presente no cotidiano e alguns efeitos quanto às definições de ser humano para além das delimitações orgânicas.

Biografia do Autor

João Pedro de Almeida Belo, Pós-Graduação Multiunidades em Ensino de Ciências e Matemática (PECIM) na Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo.

Licenciatura e Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente professor de Biologia e Química em curso preparatório pré-vestibulinho. Mestrando na área de Ensino de Ciências, com enfoque em ficção científica.

Ana de Medeiros Arnt, Departamento de Genética, Evolução, Microbiologia e Imunologia do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo.

Licenciada em Ciências Biológicas, Mestre e Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente é professora no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordena o Blogs de Ciência da Unicamp.

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Publicado

2022-05-24