EU, HUMANO? PENSANDO A CONSTITUIÇÃO HUMANA A PARTIR DA FICÇÃO CIENTÍFICA COM ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA ESTADUAL DE TEMPO INTEGRAL DE CAMPINAS, SP
DOI:
https://doi.org/10.14210/contrapontos.v22n1.p61-81Palavras-chave:
Ensino Médio, Ser humano, Ficção CientíficaResumo
Neste artigo, analisou-se como estudantes de Ensino Médio, de uma Escola Estadual de Tempo Integral do município de Campinas, definem características humanas a partir de um conjunto de atividades da disciplina eletiva nomeada Eu, humano? Ciência e Ficção Científica. Ao longo da disciplina, foi proposta uma construção de um conto de ficção científica futurista interativo, inspirado em um conto de Bruce Sterling, em que os estudantes eram personagens da história. Dentre as interações, eles deveriam construir um clone e falar sobre as suas características. Durante esta atividade, os estudantes apontaram características semelhantes ou diferentes entre eles e seus clones. Além disso, os estudantes conceituaram os clones como humanos ou não humanos. Apesar de a maioria dos estudantes compreender que os clones são seres humanos, não houve unanimidade acerca do que define o clone como humano, variando entre delimitações anatômicas e fisiológicas (possuir pele, olhos cabelos, comer, dormir), cognitivas (capacidade de aprendizado e de pensar), até personalidade (desejo de dançar, cantar, ser bravo, extrovertido). Considera-se importante haver espaços escolares que consigam inserir debates acerca de novas tecnologias científicas, a fim de proporcionar aos estudantes aprofundamento e compreensão sobre como a ciência se faz presente no cotidiano e alguns efeitos quanto às definições de ser humano para além das delimitações orgânicas.
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