MAQUINARIA CORPORAL: EFICIÊNCIA E ESTÉTICA NO ESPORTE PARALÍMPICO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14210/contrapontos.v22n1.p28-44

Palavras-chave:

Educación del cuerpo, Técnica, Tecnología, Deporte paralímpico, Sociedad Contemporánea

Resumo

Este artigo trata da constituição de corpos esportivos em dupla chave: o par eficiência-deficiência e a possibilidade de expressão estética. Faz isso tomando em conta resultados de uma pesquisa sobre a prática do basquete em cadeira de rodas. Considera, para tanto, o papel da tecnologia como determinante das práticas, compondo o sujeito e tornando o que seria sua natureza (que jamais pode ser determinada) um complemento da máquina. Se o esporte supõe o domínio do corpo – ou sua produção como domínio de si, do sujeito –, a maquinaria que se incorpora pode produzir uma expressão estética que transcenda o domínio que não raro o senso comum atribui ao paralimpismo: grotesco. Os domínios técnico e tático, aliados à habilidade do manejo da cadeira, podem gerar novas experiências estéticas, insuspeitadas, porque são calcadas na deficiência que se quer eficiente. Essa estética, tão necessária, tem, portanto, seu custo, que é a redução do corpo a instrumento. O paradoxo não é exclusivo do esporte paralímpico, mas é ele que leva, às últimas consequências, as formas e usos do corpo esportivo.

Biografia do Autor

Danielle Torri, Universidade Federal do Paraná

Danielle Torri. Professora da Universidade Federal do Paraná. Possuo graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006) e mestrado e doutorado em Educação pela mesma universidade (2008/2019). Fui professora substituta da Universidade Federal de Santa Catarina ministrando aulas na Prática de Ensino de Educação Física Escolar na Educação Básica e na Educação Infantil e na Pedagogia. Tenho experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação, e Metodologia de Ensino, atuando principalmente nos seguintes temas: indústria cultural, educação do corpo, educação escolar, educação física na educação infantil, escola de Frankfurt e Sociologia da Educação. 

 

Rodrigo Piriz, Departamento de Educación Física, Tiempo Libre y Ocio de la Universidad de la República

Docente efectivo del Departamento de Educación Física Tiempo libre y ocio del ISEF, UDELAR (Uruguay). Coordinador de la línea de investigación sobre Historia de la Recreación en el Uruguay y del Grupo de Estudios Sociales y Culturales sobre el Juego y lo Lúdico (CSIC-Udelar). Licenciado en Educación Física por la Universidad de la Republica. Maestria en Educación por la Universidade Federal de Santa Catarina. Doctorando del Programa de Pós-graduação em Educação, de la Universidade Federal de Santa Catarina (PPGE – UFSC).  

Alexandre Vaz, Universidade Federal de Santa Catarina

Doctor por la Leibniz Universität Hannover, profesor de los Programas de Posgrado en Educación e Interdisciplinar en Ciencias Humanas de la Universidad Federal de Santa Catarina (UFSC). Investigador 1C CNPq. Coordinador del Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq). 

 

Publicado

2022-05-24