MAQUINARIA CORPORAL: EFICIÊNCIA E ESTÉTICA NO ESPORTE PARALÍMPICO
DOI:
https://doi.org/10.14210/contrapontos.v22n1.p28-44Palavras-chave:
Educación del cuerpo, Técnica, Tecnología, Deporte paralímpico, Sociedad ContemporáneaResumo
Este artigo trata da constituição de corpos esportivos em dupla chave: o par eficiência-deficiência e a possibilidade de expressão estética. Faz isso tomando em conta resultados de uma pesquisa sobre a prática do basquete em cadeira de rodas. Considera, para tanto, o papel da tecnologia como determinante das práticas, compondo o sujeito e tornando o que seria sua natureza (que jamais pode ser determinada) um complemento da máquina. Se o esporte supõe o domínio do corpo – ou sua produção como domínio de si, do sujeito –, a maquinaria que se incorpora pode produzir uma expressão estética que transcenda o domínio que não raro o senso comum atribui ao paralimpismo: grotesco. Os domínios técnico e tático, aliados à habilidade do manejo da cadeira, podem gerar novas experiências estéticas, insuspeitadas, porque são calcadas na deficiência que se quer eficiente. Essa estética, tão necessária, tem, portanto, seu custo, que é a redução do corpo a instrumento. O paradoxo não é exclusivo do esporte paralímpico, mas é ele que leva, às últimas consequências, as formas e usos do corpo esportivo.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Contrapontos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao encaminhar textos à revista CONTRAPONTOS, o autor estará cedendo integralmente seus direitos autorais da obra à publicação. O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação. Os textos são de responsabilidade de seus autores. Citações e transcrições são permitidas mediante menção das fontes.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.