ENTRE O CORPO-SUPORTE DE COMUNICAÇÃO E O CORPO DIPLOMÁTICO: NARRATIVAS DE TRADUTORES/INTÉRPRETES DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14210/contrapontos.v20n2.p372-390

Palavras-chave:

Corpo, Tradução/interpretação, Língua de sinais, Estudos Culturais em Educação.

Resumo

Inscrito na perspectiva teórica dos Estudos Culturais, o presente artigo apresenta uma abordagem das formas de educar e conformar corpos de tradutores/ intérpretes de Língua Brasileira de Sinais – Libras. Tomando como base empírica narrativas de quatro tradutores/intérpretes de Libras que atuam em diferentes instituições de Ensino Superior no estado do Rio Grande do Sul, e, ainda, um código de conduta da profissão, o objetivo é analisar como se constituem significados e se conformam os corpos no ato de traduzir e interpretar. Argumenta-se que, por meio de distintos processos formativos e de ação cotidiana, inscrevem-se nos corpos dos profissionais maneiras de proceder, de modo a fazê-los corresponder ao propósito de ser corpo-suporte para a comunicação. Nestes corpos que suportam e viabilizam a comunicação entre usuários de línguas de diferentes modalidades, inscreve-se uma dimensão diplomática, que, neste artigo, é analisada a partir de três direções principais: a presunção de um corpo-suporte transparente; o empenho de um corpo-suporte diplomático e a visibilidade de um corpo-suporte exposto.

Biografia do Autor

Iara Tatiana Bonin, Programa de Pós-Graduação em Educação/ Universidade Luterana do Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2007); Mestre em Educação pela Universidade de Brasília - UnB (1999); Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (1989). É coordenadora e professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do Brasil. Desenvolve estudos e orienta teses e dissertações que tratam das pedagogias e políticas da diferença. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq (Pq 2). 

Daiana San Martins Goulart, Universidade Federal de Pelotas – UFPEL

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do Brasil. Mestre em Educação pela mesma universidade. Integrante do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão/Seção de Tradução e Interpretação em Libras da Universidade Federal de Pelotas – UFPEL. Bolsista CAPES/PROSUP.

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Publicado

2021-03-07